Nunca mais o Brasil terá uma geração como a de Hortência, Paula e Janeth… O mantra é repetido sempre que o presente e o futuro da seleção brasileira feminina de basquete são discutidos. E com razão. Nesta quarta-feira, dia 12 de junho de 2019, é o aniversário de 25 anos da maior conquista do naipe na modalidade. Nesta data, em 1994, as brasileiras superaram a China por 96 a 87, na Austrália, e conquistaram o título do Campeonato Mundial.
Hortência, Paula, Janeth, Leila e Alessandra formavam o quinteto titular, com Helen, Adriana, Simone, Roseli, Ruth, Dalila e Cíntia Tuiu fechando o elenco campeão do mundo, sob o comando do técnico Miguel Ângelo da Luz.
Na final, o Brasil teve uma atuação coletiva impressionante, conseguindo superar o time chinês que era liderado pela gigante Haixia Zheng, de 2,03m.
Hortência terminou como cestinha do jogo decisivo, com 27 pontos, além de pegar três rebotes e dar duas assistências. Janeth anotou 20 pontos, com seis rebotes e três assistências, Paula fez 17, com seis assistências e dois rebotes, e Leila contribuiu com 14 pontos, cinco rebotes e três assistências. Alessandra foi implacável na marcação de Haixia Zheng.
O caminho para chegar até aquela decisão foi espinhoso. Na primeira fase, pelo Grupo C, o Brasil estreou com uma vitória sobre Taiwan por 112 a 83. Na segunda rodada perdeu para a Eslováquia por 99 a 88, mas se classificou ao bater a Polônia por 87 a 77.
A segunda fase reservou jogos contra China, Cuba e Espanha, pelo Grupo F. A seleção brasileira superou as cubanas por 111 a 91, perdeu das chinesas por 97 a 90 e garantiu sua classificação com uma vitória por 92 a 87 diante das espanholas.
A vaga como segundo da chave, no entanto, colocou o Brasil no caminho da temida seleção dos Estados Unidos. Mas Hortência (32 pontos), Paula (29) e Janeth (22) tiveram uma atuação impecável na vitória por 110 a 107. As brasileiras registraram 42,9% de aproveitamento nas bolas de três pontos e 57,8% nas de dois contra 34,6% de três e 35,2% de dois das americanas.
A vitória na final diante da China fechou com chave de ouro uma campanha histórica, que foi construída com muita dedicação.
Fonte: Estadão
Imagem/ Divulgação: CBB