As mulheres estão ganhando cada vez mais destaque quando falamos em empreendedorismo. Mesmo tendo jornadas paralelas como mães, esposas, avós, etc, elas brilham em áreas muitas vezes dominadas por homens: são engenheiras, motoristas, pilotos, cientistas, mecânicas e atuando nestas e em outras profissões, abrem as portas no mercado de trabalho ao sexo feminino.
Segundo estudo da Global Entrepreneurship Monitor 2016, o número de mulheres em negócios próprios com até três anos e meio de atuação no mercado alcançou uma taxa de 15,4%, sendo maioria, quando comparada à taxa masculina que é de 12,6%.
Jundiaí é conhecida por seu amplo campo industrial e empresarial, com toda a aderência das mulheres no mercado de trabalho não é diferente e muitas se destacam à frente de várias empresas.
Uma delas é Daniele Restum Traldi (33), estilista, mãe e hoje é diretora de Estilo e Marketing da empresa Polo Wear, marca nascida na região. Ela explica que, a partir de 2009, o grupo, com a visão de empresário de seu pai, Roberto Restum, resolveu se inspirar em marcas internacionais como Polo Ralph Lauren, Tommy e Gant. “Vejo a mulher se empoderando cada vez mais no mercado de trabalho e no empreendedorismo” completa, relembrando começou como assistente e depois estilista até estar à frente da empresa. Ela finaliza dando uma dica às mulheres que pretendem iniciar um negócio. “É necessário uma auto avaliação: qual o valor do seu negócio? O que tem de diferente? Qual a essência dele?”. E completa: “Quem não arrisca, não petisca”.
A empresária Célia Benassi é outro exemplo de competência feminina nos negócios, no caso dela, no ramo da construção civil. Ela relata que o pai sempre ensinou aos filhos, desde pequenos, não somente a poupar dinheiro, mas a investir. “Assim nasceu a Mac Lucer, que é uma homenagem a todas as mulheres da família”, conta. “Eu não tive dificuldade sendo mulher para empreender, porque em casa não houve diferença com meu pai. Hoje enxergo o machismo de forma mais clara, mas a mulher tem que crescer sem pensar que tem diferença, porque aí não vai ter”, pontou Célia. “Meu maior orgulho é de andar na rua, poder ver um empreendimento bonito e olhar pra todo mundo porque não fiz nada de errado”, diz.
Rosana Celia Zagretti Saito (58), comerciante; começou a empresa Rosana Joias, que este ano completa 31 anos, vendendo joias de uma vizinha. Seis anos depois, teve a oportunidade de abrir uma loja no Centro de Jundiaí e o nome ‘Rosana Joias’ se consolidou pela clientela já conquistada através de suas vendas particulares. “Decidi que era hora de expandir meu negócio, pela experiência e por sentir que poderia realizar mais sonhos de amigos e clientes”, destaca.
Sobre as mulheres no empreendedorismo, ela entende que estão cada vez mais superando os obstáculos. “O homem tem dificuldades de aceitar que a mulher consegue fazer várias coisas ao mesmo tempo. Sua maior característica é que é incansável”, ressalta, observando que não se arrepende de nada em sua trajetória empresarial, porque é justa com clientes e parceiros. “O trabalho enobrece a mulher”. (Colaboração: Nayara C. da silva – Aluna Unifaccampp)