Para além dos piadistas e dos que espalham fake news, nós precisamos compreender a vacinação como um direito humano e não como disputa ideológica ou campanha política.
Este início de 2021 parece perpetuar a crise político-institucional entre os três poderes e um despreparo, escandaloso, do presidente e sua equipe em praticamente toda e qualquer medida ante a pandemia. Não há plano efetivo de vacinação da população, são sempre desastrosos os pronunciamentos do interino da saúde que, nota-se, não entende de logística – e, menos ainda, de saúde.
As arengas de picadeiro entre governo federal e alguns governos estaduais, sobretudo o de São Paulo, são de péssimo nível. A possibilidade de salvar vidas parece ter ficado em segundo plano e o importante, infelizmente, é a disputa eleitoral – sensacionalista – para 2022.
Setores negacionista e fundamentalistas têm operado cada vez mais na opinião pública – há um prazer na desinformação e, claro, na criação de teorias conspiratórias. Tudo isso reverbera um conflito político-ideológico que vem sendo travado não apenas contra o bom-senso, mas também contra aspectos positivos – e necessários – da comunidade médico-científica nacional e internacional.
Infelizmente é o fanatismo político que tem pautado o debate sobre a urgência da vacinação. Pelo sim, pelo não, eu prefiro me vacinar e, quem sabe, virar um charmoso e peculiar jacaré, albino!