Uma mulher de 36 anos e uma estudante de 15 anos afirmaram à polícia que reconheceram o homem preso por estuprar seis vítimas em Jundiaí (SP) como autor de ataques na capital paulista. O suspeito, de 33 anos, abordava mulheres em busca de emprego e oferecia uma suposta vaga de trabalho.
De acordo com a delegada Renata Yumi Ono, Sérgio Alberto Monteiro foi preso em flagrante no dia 30 de abril e teve a prisão mantida pela Justiça.
Em Jundiaí, os crimes eram investigados há sete meses. Imagens feitas por câmeras de segurança mostram ele se aproximando das mulheres.
A garota de 15 anos afirmou à polícia que no dia 24 de abril, em São Paulo, estava com amigos em uma praça quando o suspeito teria tentado se enturmar com o grupo. No dia seguinte, ele foi até a escola da jovem e ofereceu emprego em um restaurante fictício.
No meio do caminho ao suposto local, a vítima foi agarrada por ele e levada para um terreno baldio, onde foi violentada. A menina passou por atendimento em um hospital de São Paulo e foi medicada.
A outra mulher, uma vendedora de 36 anos, o reconheceu por fotos em reportagens e registrou o crime no 34º Distrito Policial.
Sérgio é morador de São Paulo e confessou à polícia parte dos estupros e dos roubos. Além disso, disse que morava na capital com a mãe e que trabalhava no Ceasa aos fins de semana.
‘Falava para não ter medo’
O G1 conversou com uma vítima de 18 anos. Ela comentou que estava na área central sozinha e com currículos para serem entregues quando Sérgio a abordou. Durante a ação criminosa, ela contou que foi ameaçada e que o suspeito falou que se ela corresse iria matá-la.
A jovem disse que o rapaz mostrou o RG com o nome dele. Em seguida, ofereceu uma suposta vaga de emprego no restaurante que seria da família dele. Os dois caminharam por cerca de cinco quilômetros e, desconfiada, ela o questionou.
“No caminho ele falava para não ter medo e ‘se eu quisesse ter feito algo com você, eu já teria feito. Demora, mas vale a pena'”, disse.
O ataque ocorreu no dia 15 de abril, em uma região de mata da Vila Ana. A vítima passa por tratamento psicológico e tenta se recuperar do trauma. “Estou em estado de choque, não consigo dormir à noite. A minha solução sempre vai ser buscar a Deus”, desabafa.
A DDM pede para que as mulheres que foram vítimas do rapaz procurem a delegacia para uma possível identificação. A delegacia está localizada na Avenida Nove de Julho, 3.600, no Jardim Paulista.
(Fonte: G1)